O mototaxista João Avelino dos Santos, de 54 anos, foi morto com uma facada no pescoço, na segunda-feira (11/05), em uma estrada rural localizada há cerca de 30 quilômetros de Jataí.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito é Flavio Manoel da Cruz, um cliente da vítima. Preso próximo ao local do crime com a carteira do mototaxista, Flávio, de 35 anos, confessou a autoria do homicídio aos policiais.
A vítima foi localizada com vida pelo auxiliar de serviços gerais Sebastião Quintino de Souza. No entanto, o piloto não resistiu ao ferimento e morreu pouco depois. "Estava deitado de bruços, ele só levantou a cabeça, tentou falar alguma coisa para mim, mas eu não entendi o que ele falou e fui pedir socorro", disse.
Responsável por investigar o caso, o delegado Marcos Guerine informou que o suspeito não tinha passagens pela polícia. Segundo a polícia, o motociclista não percebeu que o cliente portava uma faca. "O autor de posse de uma faca que ele levava clandestinamente, sem que a vítima soubesse da existência dessa faca, desferiu um golpe no pescoço da vítima", disse.
De acordo com Guerine, a vítima tentou pedir ajuda. "Ele ainda tentou seguir em direção a Jataí, andou por alguns quilômetros, mas, infelizmente, não chegou a ser socorrido a tempo". O suspeito será indiciado por latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte.
Revolta
Segundo um mototaxista, que não quis ser identificado, o autor do crime (foto à esquerda) o contratou, há alguns dias, para viajar pela mesma estrada em que o crime ocorreu. O piloto afirma que eles percorreram cerca de 180 km, até o Conjunto José Bento, e o cliente não pagou a corrida.
"Ele inventou que tinha um patrão aqui, que trabalhava para algumas pessoas aqui e no final eu deixei ele lá no Conjunto José Bento, foi quando eu cheguei à conclusão que era mentira dele. E eu tenho encontrado ele várias vezes na semana e ele disse: “Não eu vou te pagar”. Agora aconteceu isso com nosso colega", lamenta.
Colegas de trabalho da vítima ficaram indignados com o crime. Para pedir a punição do suspeito, eles se reuniram e protestaram em frente à delegacia. "Estamos chocados com o que aconteceu. É o nosso trabalho levar o passageiro para sua casa ou buscar, mas a gente não espera que venha acontecer isso", diz o mototaxista José Pereira.
Fonte: G1 Goiás (com adaptações)